Ponto de Partida

O círculo do ouro

O espetáculo foca o olhar em um dos momentos mais determinantes da história de Minas Gerais e do país, quando as minas são descobertas e o ouro atrai para o sertão o maior contingente de habitantes jamais visto na colônia: nessa época, Villa Rica era mais populosa que Nova York. Seguindo os processos muito particulares do Ponto de Partida na montagem de um novo espetáculo, os personagens e o texto foram criados pelos atores a partir da pesquisa. A história e a dramaturgia são da diretora do grupo, Regina Bertola.

O texto traz a saga dessa gente vigiada, cercada por impostos absurdos e delações, afinal, o volume de ouro retirado das minas era tamanho que foi suficiente para contribuir significativamente com o financiamento da Revolução Industrial, na Inglaterra, e transformar o mundo para sempre*. Apesar disso, essa gente vivia em condições miseráveis, na luta permanente para sobreviver, se inventar, se nomear. Como essa herança nos determina hoje e como ela amalgamou tantos elementos na construção da nossa forma de ver e estar no mundo e na criação de nossos artistas contemporâneos é o mote da peça.

Ana Alice Souza: Eulália, Joaninha e Otília
Carolina Damasceno: Eufrásia e Madalena
Dani Costa: Doralva e escrava Clementina
Érica Elke: Fulô e "rata"
Felipe Saleme: Jirico, primo Auguste, “rato”, escravo
João Melo: Cônego Vieira, Juju, feitor, “rato”
Júlia Medeiros: Narcisa e Dorvalina
Leandro Aguiar: Zeca e escravo
Lido Loschi: Querubino, “rato”, escravo
Pablo Bertola: Zuza, Rei e escravo
Renato Neves: Anacleto
Ronaldo Pereira: Quinca, Capiroto e escravo
Soraia Moraes: Dona Rainha

MÚSICOS
Felipe Moreira: Piano e teclado
Leandro Aguiar: Violão, flauta doce e tambores
Pablo Bertola: Violão, flauta doce, tambores, agogô e pandeiro
Felipe Saleme, João Melo e Leandro Aguiar: Atabaques

Texto: Ponto de Partida / Linguagem: pesquisada da fala popular, de documentos oficiais e do universo de Adélia Prado, Drummond e Guimarães Rosa / Dramaturgia e direção geral: Regina Bertola / Assistente de direção: João Melo / Pesquisa histórica: Ponto de Partida e Casa de Arte&Ofício / Pesquisa musical e trilha sonora: Pablo Bertola e Ponto de Partida / Direção musical e arranjos: Gilvan de Oliveira e Pablo Bertola / Músicas originais: Gilvan de Oliveira, Pablo Bertola e Lido Loschi / Voz em off: especialmente gravada para o espetáculo por Milton Nascimento / Preparação vocal: Babaya / Coreografia: João Melo / Assessoria coreográfica – lundu e congada: Kátia Cupertino / Preparação corporal: Paulo Trajano / Iluminação: Jorginho de Carvalho / Assistente de iluminação e operação de luz: Rony Rodrigues / Cenário: Alexandre Rousset, Tereza Bruzzi e Ponto de Partida / Assistentes de cenário: João Melo, Lido Loschi e Lourdes Araújo / Figurino: Alexandre Rousset e Tereza Bruzzi / Assistente de figurino e tintura dos tecidos: Beth Carvalho / Confecção de figurinos: Vera Viol / Confecção de adereços: Renata Cabrall e Ponto de Partida / Criação gráfica: Gutt Chartoni / Fotos: Kika Antunes, Rodrigo Dai e Tião Rocha / Assessoria técnica: Tião Rocha – historiador, antropólogo e folclorista / Consultoria: Geraldo Barroso – médico dermatologista, pesquisador da doença e da vida de Aleijadinho - Terezinha Maria Scher – professora, doutora em literatura com especialização em literatura do séc XVIII - Caio Boschi – Historiador e pesquisador, especializado em História Colonial Mineira - Andréa Lisly – Historiadora / Assessoria de Imprensa: Quatro Elementos Comunicação e Mkt. Produção: Ponto de Partida / Realização: SESC SP